“Tudo é mais difícil
para elas, o que não pode ser aceite. Ainda existe demasiado para fazer
para a igualdade em relação ao emprego, ao salário, a ascensão”.
(Simone Veil, Le journal du Dimanche, 28 Outubro 2007)Aos 80 anos a política francesa decidiu escrever uma biografia: “Uma vida”. Simone Veil não teve o que se define como uma vida fácil, em Março de 1944 foi presa à Nice onde residia para ser levada com a sua família ao campo de concentração de Auschwitz. Em Janeiro de 1945 é libertada com a sua irmãs, únicas sobreviventes da sua familia.
Simone, lutadora, conseguiu ao longo dos anos se
tornar numa das figuras políticas mais queridas de França. Não gosta de
teorias para ela foi a vida que a tornou feminista. Acredita na
paridade, mesmo se isso deve passar pela via de quotas. Para ela existe
de facto diferenças entre o homem e a mulher, desta forma eles se
complementam, mas essas diferenças não podem conduzir à superioridade do
sexo masculino.
Na questão da contracepção livre autorizada em
1967, Simone Veil teve um papel fundamental pois foi ela que impulsionou
o reembolso pela Segurança Social. No entanto foi com seu projecto,
enquanto ministra da saúde, sobre a Liberalização do Aborto em 1974 que
ganhou mais reconhecimento. O projecto votado em Assembleia foi um dos
que suscitou mais reacções negativas.
No seu livro, “Os homens também se recordam”,
Simone Veil explica o seu projecto de lei e como foi debatido na
Assembleia. “Os vários discursos e os debates que sucederam em França
revelaram-na ao país como uma mulher corajosa e determinada que lutou
pela dignidade das mulheres como também pelo interesse da Nação, perante
políticos hostis mesmo do seu próprio partido”.
Sylvie Oliveira
SylvieO6@hotmail.co
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